sexta-feira, 25 de março de 2011 | By: lyasunaka

A República Romana - parte 2 [Aula 11 e 12]

O Coliseu, palco dos antigos gladiadores.
Na República Romana ocorreram, por volta de 494 a.C. , revoltas da plebe, que tinham como objetivo conquistar certos direitos para essa classe, excluída quase que totalmente da política romana ( com exceção dos tribunos, que eram de ínfima influência no Senado).
A primeira foi a chamada Revolta do Monte Sagrado, na qual a plebe ameaçou afastar-se de Roma, para fundar uma sociedade independente, mas sem sucesso. Mesmo assim as revoltas continuaram, e , em 450 a.C. foi redigida a Lei das doze tábuas, com a participação da plebe na redação do código de leis. Até o momento o que ficava vigente era o chamado direito consuetudinário, onde as leis eram feitas e avaliadas somente por patrícios. Outra conquista dos plebeus foi a Lei Licínia, de 367 a.C., que abolia a escravidão por causa de dívidas com o senhor do escravo. Assim só se obtiam escravos por meio de guerras, onde os prisioneiros viravam escravos após a derrota.
Os escravos eram uma classe muito mal-vistos pela sociedade. Mesmo assim haviam certos ''escravos de luxo'' que tinham funções como escribas, secretários e até administradores dos seus senhores. Já os escravos rurais faziam o trabalho braçal e tinham um tratamento e condições muito piores.
Uma fonte de alienação (distração com fim de desviar a atenção da população para outros problemas) na Antiga Roma era o Coliseu. Os gladiadores, geralmente escravos de guerra, lutavam com outros gladiadores e até animais ferozes. Alguns desses gladiadores eram até nobres, como o ex-rei da Trácia, Spartacus, que até liderou uma revolta contra Roma, sem sucesso.
sexta-feira, 18 de março de 2011 | By: lyasunaka

A República Romana [Aula 9 e 10]

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Busto de Júlio César, governante da República Romana.
No Reinado do último Rei romano, Tarquínio, o Soberbo foi derrubado pelos Patrícios, que implementaram uma política já implementada na Grécia Antiga: A República. Nesse período, por meio de várias revoltas feitas pela plebe, a igualdade civil dos romanos foi conquistada. 
O poder executivo na República Romana era exercido por Cônsules, dois magistrados escolhidos anualmente pela Assembleia Centuriata. Eles presidiam o Senado e tinham funções administrativas, além de funções militares. Uma dessas funções era, no caso de uma crise política ou conflitos, o poder de eleger um ditador, que por um tempo determinado tinha poder sobre os 3 poderes. 
O Legislativo era representado pelo Senado, a Assembleia Notável, onde os aristocratas eram membros vitalícios e hereditário (seus sucessores o substituem). Outros cargos da política romana eram:
- Os pretores, que aplicavam a Justiça. Tinha o poder de julgar os criminosos e puní-los de acordo com a lei.
- Os Censores, que cuidavam do censo (contagem e pesquisa sobre os habitantes) e da censura.
- Os Edis, que administravam o abastecimento da cidade.
- Os Questores, cobradores de impostos, geralmente eram corruptos e mal-vistos pela sociedade, mas dificilmente eram punidos, por serem aristocratas.
- Os Tribunos da Plebe, que representavam os plebeus no Senado.

continua na Aula 11

A Civilização Romana: a sociedade no período da Realeza. [aula 8 e 9]

Os povos que deram origem a Roma Antiga.
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A Roma antiga começou com a organização dos romanos nas chamadas Gens (genos), em certos espaços de terra. Esses Gens se baseavam na chamada comunidade Gentílica - troca de favores e gentilezas entre os integrantes da comunidade - e eram uma sociedade patriarcal - comandada pelo pai, que garantia o sustento e cuidava dos terrenos. Não existia propriedade privada, a terra era coletiva e a principal atividade era a agicultura e a pecúaria. Os Romanos, ou a Civilização Romana, surgiu por volta de 753 a.C., e é dividida em 3 grandes períodos: A Monarquia (Realeza) romana, a República romana e o Império Romano.
O crescimento consequente dessa sociedade causou uma desigualdade social, assim surgia a aristocracia romana. Os patrícios eram essa elite, que detinham a propriedade das terras e o poder político no senado.
Além dos patrícios haviam os clientes, classe que era ligada aos aristocratas por meio de uma troca de favores: os patrícios ofereciam proteção e sustentação em troca do trabalho. Por fora havia os plebeus, composta por homens livres, sem terras ou poderes políticos (os clientes tinham uma pequena participação na política) e os escravos. 

''A Plebe não é feita só de escravos''
Paulo Henrique, março/2011 

Mesmo sendo uma monarquia, a figura do Senado ainda existia. Por meio da Assembleia Curiata, os patrícios votavam as leis e escolhiam o próximo rei, na ausência de um sucessores deste. Havia ainda o Conselho de Anciãos, que fiscalizavam os poderes reais. Apesar disso, o Senado era subordinado aos poderes do rei, ou seja, eles eram mais próximos a conselheiros do que a senadores. Durante este período (753 a 509 a.C.) Roma teria sido governado por 7 reis: Rômulo, Numa Pompílio, Túlio Hostílio e Anco Márcio, estes de origem latina, além de Tarquínio Prisco, Sérvio Túlio, e Tarquínio, o Soberbo, de origem etrusca. Somente os últimos 3 reis tem comprovação histórica.

O Legado Cultural Grego [Aula 8]

A ruína de um Teatro Grego (Silícia)
A cultura dos gregos deixou um legado, ou seja, uma influência cultural muito forte no mundo ocidental. Entre as principais estão: sua mitologia, as Olimpíadas, o teatro.
A Mitologia grega é uma das mais ricas, baseada em muitos deuses (politeísta), que com defeitos e qualidades como humanos, moravam no Monte Olimpo. O deus principal era Zeus, deus dos raios, soberano entre os outros deuses. Havia outros bem famosos como os irmão de Zeus: Hades, senhor do inferno, Poseidon, senhor dos mares. Na mitologia grega se incluem clássicos da sua literatura, os épicos ou epopeias, que contavam mitos, e geralmente giravam em torno da história de um herói. Uma das epopeias mais famosas é Ulisses, que conta a história da derrota de Tróia e a história do herói que dá o nome à epopeia.
As Olimpíadas, evento que é constituído de variadas modalidades de competição esportiva, foi criado na Grécia. Aconteciam sempre em Olímpia, em homenagem a Zeus, e reuniam os atletas de muitas cidades gregas. Os jogos eram de 4 em 4 anos (formato que persiste até hoje, não só nas Olimpíadas, como em eventos como a Copa do Mundo) e inicialmente, competiam nus e somente homens competiam e assistiam. Após um tempo as mulheres foram permitidas a assistir e os homens começaram a competir vestidos.
O Teatro grego era ligado a religião e foi nele que surgiram 2 estilos que permanecem até hoje nas apresentações: a comédia, que satirizava os costumes da época, e acabou desenvolvendo um carácter educativo, pois estimulava a crítica social e política dos cidadãos; a tragédia (grega) que tinham deuses que participavam de tramas com temas como: paixões, guerras, entre outros.
As esculturas eram muito perfecionistas na Grécia, principalmente pela cultura de adoração do corpo feita por eles. Na arquitetura observa-se suas peculiaridades nos templos gregos, com na Acrópole de atenas. As colunas, principal característica dos templos, tinham diferentes estilos, como o Jônico, o Dórico e o Coríntio.
sexta-feira, 4 de março de 2011 | By: lyasunaka

A Sociedade Grega [Aula 6]

Uma representação da região do Oráculo de Delfos
A Grécia, entre as suas Cidades-Estados, as polis, haviam algumas que se destacavam por alguns fatores. Eram elas: Atenas, Esparta e Delfos.

Delfos se destaca por ser o centro religioso da Grécia Antiga. Delfos abrigava o famoso Oráculo de Delfos, um templo dedicado a Apolo que tinha a ''fama'' de acertar com grande precisão suas profecias. Generais, governantes e políticos consultavam as sacerdotisas para tomar importantes decisões, por exemplo, sobre guerras.
Esparta, por si, destaca-se pelo seu militarismo. A cidade, governada por um governo oligárquico, voltava grande parte de suas atividades para a prática e o treinamento militar, das crianças, jovens aos adultos. Seus soldados, altamente disciplinados, aprendiam a ter afeto pelos companheiros, para um melhor desempenho militar.

Atenas se destacou pela sua estrutura política, e pelas suas incontáveis influências na cultura ocidental. Apesar de democrática, com os políticos não remunerados, sem pagamentos, Atenas era governada sobre a influência de um tirano, mas não mais como um tirano, e sim como um líder político da cidade, que impunha sua autoridade e ordens com seu conhecimento sobre política, e não pelo medo e pela opressão (ditadura). A organização social em Atenas se dividia em: Eupátridas: a aristocracia, que detia o poder político e dona de grandes propriedades; Geomores: mantinham a posse de algumas pequenas propriedades rurais; Demiurgos comerciantes e artesãos; Metecos: estrangeiros, homens livres, mas sem direitos. Além disso haviam os escravos, geralmente prisioneiros de guerra, pessoas com dívidas pendentes também viravam escravos para eliminar a dívida, mas muitas vezes, eram explorados nessa situação. Somente eles trabalhavam na sociedade grega.
Nota: Mulheres e crianças não eram consideradas cidadãos.

Nota: A Aula 7, que seria no dia 04/03/2011, faz parte do calendário de provas, e a Aula do dia 09/03 será feriado de Carnaval, então a Aula 8 irá corresponder a aula do dia 11/03. Um ótimo feriado a todos!