sábado, 7 de maio de 2011 | By: lyasunaka

A Civilização Árabe [Aula 15]

Imagem de satélite da Península Arábica 
A Península Arábica tem um clima predominante seco e árido, onde o dia é extremamente quente e a noite, extremamente fria. Apesar desse clima existem oásis, pequenas áreas com uma vegetação que torna o local com melhores condições para viver. Estes oásis possibilitaram a sobrevivência de uma população nômade, que buscava constantemente esses oásis, povoando a Península Arábica, a partir destes locais. 
Esse povo do deserto eram os beduínos, que além de nômades eram comerciantes, buscando e vendendo produtos nas suas viagens. Eles viviam em grupos, em que cada um tinha um líder, o Sheik. Em sua religião predominava o politeísmo, pois, sem unidade religiosa, cada tribo tinha suas próprias divindades. Nesse período, chamado de Arábia pré-islâmica, anterior a criação do islamismo, pelo profeta Maomé, no século VII d.C. Para cultuarem suas divindades, os beduínos seguiam em peregrinação a Meca, centro religioso e comercial dos árabes, onde as imagens das divindades eram depositadas na Caaba, que continha mais de 300 imagens e um objeto especial de adoração, a Pedra Negra. Os guardiões do templo, os coraixitas, controlavam o comércio local, que era movimentado pelos peregrinos, na sua ida a Meca.

O islamismo surgiu com a figura do profeta Maomé. Maomé nasceu em Meca, no final do século VI (por volta de 570) e, influenciado pela cultura monoteísta de judaicos e cristãs (com as quais tinha contatos comerciais) se revelou profeta de Alá (Deus em árabe), da qual recebeu a missão de unificar o povo na religião Islã, monoteísta. Como a religião se baseava em uma submissão absoluta à Alá (o Islã), assim que Maomé começou a sua pregação em Meca, foi expulso da cidade, pois ele acabaria por interferir nos negócios dos coraixitas. 
Assim, perseguido em Meca, Maomé foi para Yatreb, que sofria com conflitos religiosos. Esse processo de fuga, acontecido em 662 d.C. é o marco inicial do calendário islâmico (independente do calendário cristão, o gregoriano). Após conseguir pacificar a rebelião religiosa em Yatreb (que até mudou de nome para Medina, a cidade do profeta), Maomé volta para a pregação em Meca, em 630, com o apoio de Medina, vencendo a resistência dos coraixitas e pregando o islamismo. Essa pregação culminou na destruição das imagens das divindades do culto politeísta dos beduínos. Apesar da destruição das imagens, Maomé preservou a Caaba e  a Pedra Negra - a qual os muçulmanos, seguidores do islã, rezam em direção todos os dias - declarando Meca a cidade sagrada dos muçulmanos.
Todos os princípios islâmicos estão no livro sagrado dos muçulmanos, o Alcorão ou Corão, que além das dotrinas religiosas regulamenta a sociedade e a economia muçulmana. No Corão existem os 5 princípios básicos: a oração, a ablução (purificação), o jejum, a caridade e a peregrinação. Os muçulmanos são proibidos de comer carne de porco, os jogos de azar e a representação da figura humana; a sexta-feira é considerada sagrada, um dia de descanso. 
A sociedade muçulmana permite a poligamia, caracterizando uma concepção patriarcal, pois a poligamia permite ao homem ter várias mulheres, podendo até puní-las por adultério publicamente. Apesar disso, as mulheres vem conquistando mais direitos, principalmente no Irã.

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